quinta-feira, 3 de maio de 2018

NA SOMBRA DA ASA BRANCA




                                       
                                       

                                       Planto meu vôo sob a sombra da Asa Branca, no balanço do ganzá, no resfolêgo da sanfona, no galope a contratempo, fujo, fujo do sertão. Do sertão, desertão, do sertão, desertão, não morrer,  meu alazão. Oh que dor no coração, oh que dor, eu não sei não.Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar. No resfolêgo  da sanfona. Eu vi a ema cantar no tronco do  juremá. Será que nosso amor, morena, está pra se acabar? No resfolêgo da sanfona, eu te ensino a namorar. Resfolego resfolega, resfolego resfolega. Vai prá, vem prá cá, vai prá lá, vem prá cá. Vai prá lá vem prá cá. Dois prá lá, dois prá cá. Dois prá lá, dois prá cá. Asa branca bateu asa, foi-se embora, me deixou, numa triste solidão. Oh, meu Deus que faço, triste desertão, chove chuva, chove sem parar, por favor não pares não, até encher me caldeirão, pois eu vou fazer uma prece, para encher meu caldeirão. Asa Branca foi-se embora, mas agora vai vortar, quando encher os tanques todos, quando encher meu caldeirão. E aí, todo tempo quanto houver pra mim é pouco, pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco. Cai, chuva, pode cair, todo tempo que cair pra mim é pouco, estou dançando numa sala de roboco.


                                        




                                                         

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