terça-feira, 2 de outubro de 2018













                      Aroeira, Pintadas, Capela, Várzea da Roça,  Mairi dormem tranquilas, a noite calorenta, coberta de muriçocas e mosquitos. À tardinha, podia-se ver, encimando cabeças, em forma de pote,  mil insetos, as muriçocas, de canto enfadonho, dominavam o ambiente, pousando sobre o sujeito, picando-lhe a pele. Batia-se em si próprio, matá-las, matava-as? Nem sempre. Ligeiras. Uma armadilha. Deixavam-nas  sugar bem o sangue, ficavam pesadas, e, então, Táaa. A carapanã estrebuchava, sangue sugado, sangue derramado. Indagação de alta significação científica e filosófica. Como poderia, tão pequena, sugar tanto sangue? Mberussoca, herança tupi. Que herdade nos deixaram os índios. E os danados andavam nus. Será que os mordiam, ou ficaram amigos?  Lei da natureza, rica. Mais do que sonha a nossa vã filosofia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário